quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Para um certo Celso Heleno

Eu te amo..... ^_^

Em qual será q vc já esta????

 hauhauauhauhah

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Maturidade Mulher

E as planícies se estendem a minha frente.

Marcam a volta das possibilidades e movimentos de uma vida "normal" e "sã".

O mundo a minha volta mostra as sequelas irreparáveis que a bruma recém dissipada deixou em meu semblante.
As marcas de uma maturidade precoce estão vincadas na minha alma.
A minha maternidade perdida ainda consome noites e noites de sono.
O medo do descontrole ainda é inerente a minha personalidade.


Mas sou outra, sou muitas.
Mulheres perdidas na imensidão das brumas.

Lutando por suas vidas,
por parcas crias,
e as vezes por simples porcarias.

Sinto-me una, completa.
Dona de mim.
Sinto-me muitas,solidárias, solitárias.

E a irmã
a amiga
a mãe
a avó

São imagens de mim
São meu passado, meu presente, meu futuro e minha  senitude.

Uma, muitas, todas, nós, elas. EU

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Novos dias.

Eis que surge no horizonte o oceano

Agora as ondas são calmas, macias convidativas e reconfortantes
Mãe Iemanja parece convidar-me a repor as energias em suas águas.

Vê como a brisa é fresca e carinhosa?
Como tudo é agradavel e doce?
Eu lhe falei que quando estivesse pronta voltaria a praia.
Pois agora estou pronta.

Ainda é o oceano.
Não me iludo.
Assustador e profundo

Mas também é um velho amigo a reencontrar, amoroso e alegre, que me presenteia com suas conchas e me faz cocegas no quebrar das ondas.
Capaz de me fazer rir e cantar por lhe estar diante.

E o sol brilha sobre nós como um presente de Oxalá.
Ilumina nossos novos dias.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Entre as Rochas

Caminho entre as rochas lentamente, não tenho pressa em sair.
Me sinto segura
A paisagem é nebulosa . Há o som de uma cascata, mas a neblina não permite que eu a veja. Caminho a passos de formiga.
Sinto que me escondo entre essas rochas. Não me culpo, foram muitas as pancadas dadas pelas ondas, estou confortável entre os rochedos.
Novamente uma borboleta, como ela pode estar voando por aqui?
Uma voz conhecida.
Por que não enxergo seu rosto?
Onde você está? Aqui.
Como me sinto? Me sinto bem.
Não estou com medo, não me sinto só. Gosto daqui.
Não, não tenho medo da neblina, é normal a essas horas, assim que o sol abrir ela se dissipará.
Já me acostumei com ela, é passageira.
Por que está tão preocupado? Quem realmente teme?
Já disse que não me sinto só, é somente a neblina turvando sua visão.
Não se assuste, eu estou aqui.
Quer caminhar?
Eu adoro caminhar.
Caminhar entre os rochedos.
Mais tarde quando o sol abrir, talvez possamos ir a praia observar o mar. Se eu estiver mais forte para aguentar as ondas.
Mas só mais tarde.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Momento de voar

A hora é esta, Lu: arriscar-se, atirar-se destemidamente na direção do novo. Ainda que muitas pessoas possam se apavorar e tentar lhe demover daquilo que sua alma interpreta como um novo impulso criativo, não se incomode. As pessoas falam porque estão viciadas em certezas e seguranças. Mas O Louco, arcano zero do Tarot, vem lembrar que, eventualmente, alguma loucura é mais do que bem-vinda! Ponha sua vida em movimento e lembre-se que é sempre momento de recomeçar. Evite o medo e não espere as coisas tomarem uma forma “certa” para agir. Vá!

Conselho: Momento de se atirar em novas direções, sem temor.

Fonte: www.personare.com.br

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Luta

Quando pensamos em uma luta, podemos lembrar das batalhas memoráveis narradas pela história da humanidade, ou apenas numa briga de esquina. Podemos pensar em alguns esportes ou num esforço pela sobrevivência. Mas a verdade é que todas essas imagens da palavra Luta envolvem movimento, transformação como consequência.
Meus dias tem  sido compostos de lutas, várias pequenas batalhas  travadas em vários campos, contra uma doença, contra a minha mente, contra concepções pré-concebidas da vida e padrões de comportamento que constatei que não me serviam mais, contra o próprio desejo de desistir dessas batalhas. E mudo, me transformo, com  cada pequeno combate travado.
Essa concepção de luta, de conflito, não passa de uma representação humana, mas mesmo assim não deixa de me impressionar. Pois o mais curioso das nossas representações é a amplitude que elas são capazes de atingir, o homem é capaz de caracterizar as coisas mais impressionantes do universo com apenas uma palavra e mesmo assim não é capaz nem mesmo de medir aproximadamente a sua amplitude.
O Universo é a coisa mais imensa que conhecemos, tanto que não concebemos racionalmente suas dimensões. Se tentar descrever de forma lógica algo infinito verá que em algum momento sua mente o irá contradizer afirmando que um espaço sem limites não pode ser mensurado como um espaço. Mesmo assim um grupo de pessoas, ou apenas uma única pessoa, pode representar toda essa imensidão na vida de outro alguém. Essa é uma das maiores capacidades humanas.
A abstração.
Somos parte integrante desse universo, tão minúsculos e insignificantes, que é um milagre existirmos. Ainda assim existimos. É ainda  mais fantástico termos consciência disso.
A vida é a coisa mais impressionantemente bela que eu concebo.

Mesmo que não acreditasse em nada. Mesmo que fosse uma pessoa absolutamente cética.
Ainda assim seria obrigada a acreditar no que os meus olhos me mostram quando olho pro céu em uma noite estrelada, no quanto é lindo fazermos parte da imensidão do universo, o quanto somos capazes de sermos tudo e sermos nada.
Somos apenas pó de estrela, e isso faz de nós criaturas absolutamente fantásticas, somos vida e lutamos por ela.

sábado, 7 de agosto de 2010

Espera

A angústia de uma espera pode ser cruel
Então afasto o medo com imagens doces
Lembranças e sentimentos bons me distraem
Com este carinho que preenche minha alma
E a esperança..

Minha grande companheira dos últimos tempos.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Lavando Lençol

Nasci num lugarejo no interior da Bahia, chamado Barroca do Faleiro, como eu sempre defino: serra de um lado e do outro, com um rio no meio. E neste lugar, neste rio, minha mãe sempre lavava as roupas de nossa família. Lavava calças jeans do meu pai, camisas, toalhas de mesa e lavava também lençóis... lençóis que pra mim pareciam enormes.
E eram enormes mesmo diante do tamanho de uma criança de 8 anos.
E eu me punha a pensar: Como mamãe consegue lavar estes lençóis tão grandes? Como ela não deixa manchas no lençol, sendo ele tão grande... sempre fica tão limpinho.
E eu pedia a ela que me deixasse lavar as roupas junto com ela, mas ela não me deixava lavar os lençóis. Dizia que eu era muito pequena pra lavar uma peça tão grande. Eu ajudava, passando sabão em peças pequenas, colocando as roupas para "quarar", ajudando torcer, colocando pra secar, tirando do varal ou dobrando.
Mas via no ato de lavar as peças grandes um enorme desafio. Achava lindo quando mamãe jogava o lençol dentro do rio e segurando por uma das pontas, deixava ele aberto cobrindo a água enquanto a correnteza tirava o sabão. Adorava ver aquela cena.
Um belo dia mamãe me pediu para colocar roupas de molho e nelas havia um lençol... todinho pra mim.
Eu o ensaboei, esfreguei, com muito receio de deixar alguma manchinha em algum lugar, e enxaguei, com muito prazer, fazendo como mamãe sempre fazia.
Minha maior felicidade foi mamãe me dizer que o lençol estava muito bem lavado e que eu já era uma mocinha e que poderia, a partir daquele dia, lavar peças grandes, como os lençóis.

Autoria: Jozélia Marques

Colega de trabalho, amiga e uma pessoa que muito admiro.
Obrigada por esta linda contribuição Jojo!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Frio

E no mundo dos avessos
Dos contrários
Me pertenço

Sou o espectro refletido no espelho
mais branco e pálido do que as cinzas da pobre lareira apagada.

Era chama e corroía,
Incontrolável e sedenta.
Agora não sinto nada
E por não haver
Me sinto mutilada

Ainda sou mulher?

Me pergunta o apagado espectro de minha boca.
Mas o som se perde no caminho e não pode ser ouvido.

As dúvidas sobre minhas forças, sobre a minha alma
Só perdem em tamanho para as de minha identidade

Não há o que escutar, pois nada foi dito.

E diante do conhecido calor, pude apenas sentir frio.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

1ª São Paulo


Rotas
Calçadas
Ruelas
Buracos
Guias
Avenidas
Transeuntes
Transmutado

Corre
Anda
Pula
Bole
Sobe
Desce
Queima
Escorre

tempo
Tempo
TEMPO!

Soa
Grita
Apita
Morde

come
Come
COME!

Fome
Pressa
Extressa
Espressa

De onde vem esse rosto sem nome?

(Foto by me)

terça-feira, 27 de julho de 2010

Um sonho bom.



Uma agradável sensação de conforto

O sol em meu rosto
O carinho em nossos semblantes
O riso ingênuo
O zelo cuidadoso

A música a libertar a alma
As mãos a acariciar a fronte
A presença a reconfortar o corpo
A brincadeira em ser a tranquilidade

O voo de uma borboleta azul

O colo quente
O descanso restaurador
A companhia de presente

O despertar foi doloroso, pois no sonho não poderia permanecer
O frio em volta pedia que o calor daquele sol fosse recuperado
Mas ficaram as lembranças de um sonho sonhado, como quando criança.
E a esperança de que o dia traria pra vida aquele sonho lembrança.

sábado, 24 de julho de 2010

Batalha inglória.

Pensamentos adormecem sob as muralhas, e na imensidão das brumas vislumbro o amanhecer.
A ausência do desconhecido.
Um querer ser.

Uma espera eterna de algo impróprio.
Um caminho condenado aos olhos dos outros.

Sois mulher de mil estrelas, à magia condenada.
És diurna tua beleza.
Porém noturna tua jornada.

- Não encontrarás a felicidade nessa estrada, estranha.
* Mas é este o caminho que quero seguir!
- Não é o teu.
* Mas me ensinaste que as escolhas constroem o caminho!
- Por ai serás infeliz.
* Mais infeliz o arrependimento me fará
- Azar o teu, foi avisada!
* O dispenso de qualquer lamúria, as consequências e penas quitarei sozinha, se és solitária esta estrada.

Caminharás até quando mulher?
Sofrerás até quando?
Chorará até quando?

O que procuras?
Que respostas? Que carícias?
Quais sonhos ainda lhe faltam despedaçar?

És rainha de teu palco, é inegável, traz nos lábios o sorriso dos amantes.
Mas seu coração sangra as dores da vida, ferido por mil facas.
Que mortalhas quererá?

- És cruel esta estrada, por que segues por ela?
* E que outro caminho tenho eu a seguir, se estes são os rumos escolhidos por este morto coração?
- Tantos outros existem.
* Quantos que eu queira como este? Nenhum outro, não.
- Repito-lhe não és o teu.
* Se caminho solitária nessa estrada de quem mais há de ser?
- De alguém que o renega como tu o deseja.
* Então não és justo que seja dele e não meu, se é do meu querer e seu rejeito, pode a ocasião ser mais própria.
- O outro será infeliz por rejeitar e tu serás infeliz por escolher.
* Que mundo injusto este! Se sou dócil e busco com afinco alcaçar o final desta jornada que jamais poderei tocar, és possível que quem está a passos poucos da vitória se nega a esticar as mãos? O Deus, porque foste este o teu desejo? Faz-me entender!

Caminhará sozinha.
Consciente que jamais alcançará a vitória.
Ainda assim caminhará sem descanso até a exaustão.
Por que mulher?
Que desejo é este?
Que querer é este?
Que busca mais insensata?
Não posso entender os homens e suas paixões pela vitória,
e menos as mulheres e suas batalhas inglórias.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Que mulher nunca teve?

Um sutiã meio furado,
Um primo meio tarado,
Ou um amigo meio viado?

Que mulher nunca tomou
Um fora de querer sumir,
Um porre de cair
Ou um lexotan para dormir?

Que mulher nunca sonhou
Com a sogra morta, estendida,
Em ser muito feliz na vida
Ou com uma lipo na barriga?

Que mulher nunca pensou
Em dar fim numa panela,
Jogar os filhos pela janela
Ou que a culpa era toda dela?

Que mulher nunca penou
Para que ter a perna depilada,
Para que aturar uma empregada
Ou para que trabalhar menstruada?

Que mulher nunca comeu
Uma caixa de Bis, por ansiedade,
Uma alface, no almoço, por vaidade
Ou, um canalha por saudade?

Que mulher nunca apertou
O pé no sapato para caber,
A barriga para emagrecer
Ou um ursinho para não enlouquecer?

Que mulher nunca jurou
Que não estava ao telefone,
Que não pensa em silicone
Que "dele" não lembra nem o nome?

Autoria desconhecida

É pessoal esse não é meu, mas vale a pena!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Valsando ao som dos bandolins..

“Como fosse um par que
Nessa valsa triste
Se desenvolvesse
Ao som dos Bandolins... “

E nos giros
Nas voltas da vida
O retroceder das cores
Os passos marcados pelo chão.

E no brilho das noites
O sorrir da lua
os olhos desencontrados na imensidão

“E como não?
E por que não dizer
Que o mundo respirava mais
Se ela apertava assim”

Perdidos entre os sons e os suspiros
a procurar os sonhos
em meio a escuridão

“Valsando como valsa
Uma criança
Que entra na roda
A noite tá no fim “

Mas há cores nas sais
brilhos nos olhos
procuras na mente
caminhos na vida.

“Ela valsando
Só na madrugada
Se julgando amada
Ao som dos Bandolins.."

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Conselho recebido do Tarot em 19/07/2010


A importância de deixar ir.

Cultivar o desapego é um dos conselhos fundamentais dado pelo arcano chamado “O Ceifador”, Lu. Existem momentos da vida em que somos desafiados a perder cascas, a compreender a importância de caminhar, deixando paisagens para trás. Ainda que isso doa, uma vez que nosso ego se estrutura a partir de apegos e identificações, é a compreensão meditativa de que tudo passa que lhe permitirá seguir caminhando e, enfim, abrir-se ao novo que belamente se introduz em sua vida, pouco a pouco, passo a passo, até que você apareça com a alma totalmente renovada. Procure se interiorizar neste momento, evitando grandes atividades sociais. Faça este contato com o núcleo da sua alma e você entenderá quais são as coisas que precisam ser deixadas para trás.

Conselho: Viver é perder cascas continuamente!

http://www.personare.com.br

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Amigo estou aqui!!!

Sempre me identifiquei muito com a mensagem do filme Toy Story da Disney, de que seus amigos são as coisas mais importantes da vida, são as pessoas com quem você sempre pode confiar e com quem pode contar.

E isso porque sei o que os meus amigos representam na minha.

É um amor profundo e sincero que não tem limites pra crescer, só se expande e vai tomando cada milímetro de nossos corações.

Nesse momento em que as coisas estão tão complicadas entre nós amigos. Entre uma pequena/grande turma, que mais parece uma família de tão unida, penso em uma cena do terceiro filme da série que assisti nesta última quarta-feira.

Nessa cena, todos os brinquedos do Andy estão prestes a serem destruídos e lutar parece inútil, então todos dão as mãos, e juntos aceitam o futuro e aguardam o momento inevitável, independente do que vem a frente sempre estarão juntos, e assim tudo parece melhor.

Sinto que é disso que realmente precisamos, ainda tenho esperanças de que na última hora “O garra” nos tire da beirada do precipício, mas sei que isso só vai acontecer se estivermos unidos, de mãos e corações dados, pois é a melhor forma de enfrentar o assustador e desconhecido futuro, ao lado dos seus amigos.


Espero que no final de tudo isso tenhamos um novo começo como os brinquedos do Andy, que saíamos mais fortes e com uma amizade mais verdadeira, e se acaso precisarmos nos despedir de alguém um dia, que seja de forma terna, conscientes de que cumprimos nossas missões uns com os outros.



terça-feira, 13 de julho de 2010

Pó-de-Estrela

Um poucado de pó de estrela que condensado se fez gente
E deu pra amar,
sorrir
chorar
sentir
viver

Nasceu numa linda família
E ri, chora e aprende
vive com eles

E fez grande amigos
E ri, chora e aprende
compartilha o que há de mais verdadeiro e bonito com eles

E viveu intensos amores
Riu, chorou, aprendeu
se apaixonou perdidamente por cada um deles
Mas nessa área ainda não se encontrou.

E esse punhado de pó de estrela vai vivendo amadamente sua vida, e amando imensamente cada uma das pessoas que passa por ela.
Até que novamente se torne apenas pó de estrela!


(Foto by Fernanda B. Martinez)

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Memórias


E o mundo das memórias
volta as zonas do pensamento
durante o pré-adormecer

E me perco em devaneios
sonhos imemoriáveis
fruto dos olhos abertos
compartilhados com as penas sob minha cabeça

Sou alguém que sonha pouco
Tenho os pés no chão
Os olhos a frente, foco e direção
Mentira

Sonho como todos os outros
Ou talvez mais

Mas dessa vez não são os sonhos que não me deixam dormir
São as memórias.


(Foto by me)

quarta-feira, 7 de julho de 2010

História


Que o dia amanheça trazendo na aurora a minha esperança
E que a minha força não esmoraça , para firme dar apenas mais um passo na direção do infinito.

E que no sorriso dessas crianças possamos encontrar a leveza e a alegria .
A inocência.





Estado de espírito neutro.
Um livro aberto.
A página em branco.
Portando a caneta está apenas o Homem.

Um conto, uma história aguardando o final.
Melhor dizendo, o começo.

Um novo começo.

(Foto by me)

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Quem sabe assim.

E as palavras que calam em minha garganta?
E a angústia que não cessa?
E o escopo, o escaldo?
O calvário que não passa?

Sacas dançando uma carta
E dizes que tenho que lutar por meus sonhos
Mas que sonhos?
De onde tirastes esses sonhos,
Se nem mesmo posso dormir?

Quero que passe
Que corra o relógio
Que girem os outonos
Que soem os sinos

Enquanto eu imóvel, assisto

Quem sabe assim viverei
Quem sabe assim volte a ter ar em meus pulmões
Quem sabe volte a saber sorrir
Ou quem sabe um dia brincar de ser feliz.

Verdadeiramente.

sábado, 3 de julho de 2010

Um daqueles dias...

Hoje é um daqueles dias em que nada me faz dormir.
Já tentei todas as receitas convencionais, e até agora nada.
Até mesmo o tédio da Tv não foi o suficiente.
Se pudesse beber, tentaria a velha taça de vinho com meu pai, costumava ser eficiente e prazeroso.

Na verdade acho que gostaria de ser pequena novamente, pra caber no colo dele e dormir debruçada em seu peito como costumava fazer.
Até hoje nenhum colo foi capaz de reproduzir essa sensação. É estar completamente segura, nos braços de alguém que faria qualquer coisa pra te protejer. É fantástico.

Sei que não costumo dizer isso para o meu pai, agente fica besta quando cresce, mas não tem ninguém que eu ame mais no mundo.

Ele conseguia me fazer dormir em minutos, era tão bom.

Que saudade da minha infância, quando todos os meus problemas eram resolvidos pelo colo do meu pai.

Acho que o meu jeito concervacionista e autosuficiente nem sempre deixa transparecer esse lado carente e inseguro, poucas pessoas o conhecem. Mas a maioria dos leitores desse blog sim, então não devem se surpreender.

O fato é que eu sempre durmo melhor com colo, seja do meu pai ou não, mas por hoje darei colo. Minha irmã acaba de acordar, vou deitar com ela e fazê-la dormir novamente.

Boa noite a todos.

Salve o Maracatu de Baque Virado!


Mandei bordar meu estandarte
De vermelho amarelo sim senhor
Grato a dona Simone pela arte
A todos que fizeram sua parte
a negô que não se acovardo
BIS

Ele é tão belo
Brilha feito ouro
Tem a história da gente
bordada em cada contorno
BIS

* Baque pertencente ao grupo paulista de maracatu de baque virado Bloco de Pedra
(Foto by me)

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Tem vezes


Tem vezes que tomamos atitudes,
em outras simplismente deixamos a vida passar pela janela.

Quando saber o que é o certo a se fazer?
Quanto uma atitude errada pode por tudo, absolutamente tudo, a perder?

Já não posso me manter imóvel, logo dou passos temerosos, assustados e bambos em uma direcão, mas já não tenho certeza se é a certa. Porém simplismente não posso parar a caminhada. Também não seria certo.

Tenho dúvidas a muito tempo.
Tenho medos insuportáveis.
Tenhos sonhos, meus oásis.

Mas tudo, tudo mesmo, não passa de tentativa, modos para aprender a viver.

Estou errando.
Estou acertando.
Estou tentando.
E voce?

(Foto by me)

domingo, 27 de junho de 2010

Sem título.

Não sei o que escrever,
só sei que não há poesia em mim agora.

Não a música, nem ritmo.
Não a alegrias, não há sorrisos,
nem choro, pois não há mais lágrimas

Não há nada!

Penso em voltar a viver,
e me falta o ar.

Não há vontade.

Se o rio corre, pois não pode andar,
eu respiro, pois não consigo parar.
Se sol está no céu contra a vontade,
eu persisto em terra contra a minha.

E a minha volta não há nada.
E dentro de mim não há nada.

Peço perdão pela decepção,
dos que de mim esperavam mais coragem,
mais força,
mais brilho!

Provo a vocês mais uma vez a minha imperfeição,
que por motivo inexplicável insistem em negar.

Esta aqui é humana como vós.
Por que insistem em negar?

E aos que sabem que lhes amo,
peço o perdão ainda maior,
de subjulgar esse amor a minha dor.
Mas saibam que é esse mesmo amor que me mantem sã
e o medo de lhes causar dor, que me faz insistir na vida,
em estar nela ao menos.

E os meus medos e ciúmes,
minhas culpas e sonhos.
Tudo parece pequeno.
E os homens tão mesquinhhos.
Perdidos! Todos estamos.

E de forma grosseira, agora sei disso.

domingo, 20 de junho de 2010

Perda

Descubro que a perda e a saudade de uma face nunca vista é possível de forma cruel e lancinante .
E sofro por você meu pequeno anjo perdido, como dantes pude sofrer pela perda do amigo.
E se choro por ter me confundido, é pois que tua presença era vida dentro de meu precipício.
E a tua ausência me faz oca novamente, participante ativa neste mundo de vazios.

O que o sou já não importa
O que penso não aceita
O sinto não representa
Minhas palavras não são o bastante
Meus olhos não são capazes de produzir tantas lágrimas
E seguir parece impossível.

Mas seguirei, como sempre sigo.

Só não me peças, meu amor, que seja como antes.
Nunca será como antes.
Esse mundo não é como antes.
Eu não sou como antes.

Essa dor é maior, muito maior, do que um dia poderá ser descrita.
E esse vazio é maior que o vácuo e já não pode ser preenchido.
O vazio jaze dentro de mim com a lápide fria do destino.

Talvez o tempo, velho amigo, tenha a nós pregado uma peça meu pequeno.
Ou talvez eu não fosse forte bastante.
Ou talvez a vida tenha nos preparado.
Ou Oxalá tenha nos mostrado, que o motivo pra viver, pode simplesmente não ser percebido.
Mas o real motivo não será encontrado, não aos meus olhos.

E rezo para que estejas entre os anjos.
Pois assim, não será tua inocência corrompida entre os homens, e teu sorriso será guardado como joia, como os olhos que em silêncio imagino.
E rezo para que me perdoe e saiba que por ti sinto o amor maior de todos.
Mesmo sendo o teu rosto a mim desconhecido.

terça-feira, 15 de junho de 2010

À minha mãe menininha.


As majestosas águas que movem moinhos
refletem cristalinas em minha face,
trazem ao meu ninho e a minha alma
a doçura emanada da mãe das águas.

Senhora do amor mais que bem-aventurada,
rogo-te a paz ao meu coração.
Rogo o teu perdão e consentimento
para da minha vida, doar-lhe a própria.

Seja pela dor meu aprendizado
Seja no sorriso meu ensinamento
Seja no meu sangue o calvário inciso
Seja em teu amor minha glória salva!

E que possa eu ,oh minha mãe menina!
Refletir no mundo a tua glória.
Para que no fim de minha história,
seja em seu amor meu descanso eterno.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Ser capaz.

O confronto com o não viver,
me impulsiona a vida.
Pois a necessidade em suprir a ausência,
é causada pela previsão de sua chegada!

E os passos em direção ao abismo,
só trazem o medo de não ser capaz.

Capaz de viver!

domingo, 23 de maio de 2010

Não sei

Não sei se choro por ter um amor,
ou por não tê-lo.

Não sei se o que doi é a tua ausência,
ou inexistência.

Não sei e és tu ou a minha mente,
que mente.

Estas ai.
Estou aqui.

E não sei se é por ti que choro.
Ou se é por mim.

Teimo

É um princípio de vida!

Teimo em ser.
Teimo em não ser.

Teimo em sentir.
Teimo em não sentir.

Teimo em querer.
Teimo em conseguir.

Inflexível como um rochedo.
Mas, como este,
pelo vento e pela chuva sou corroida.

Mais inteligente seria,
Como a palmeira me curvar,
que flexível, a tudo se adapta,
no entanto, sem nunca quebrar.

Mas ainda assim,
teimo em teimar

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Sociedades minhas

(Escrito em 3 de junho de 2008)

Eu penso no homem, porém não o vejo.
O entendo, mas não o sinto.
Sou sega
Sou surda
Muda
Da alma que mais entendo
Dos olhos que mais me dizem
Fechados
Fugidos de mim

Como posso me ser o real?
Se na minha confusão ilusória, perco meus freios?
Explosão!
Provoco o turbilhão das faces, minhas caretas.

Somente para confundir teu olhar
Para não me veres jamais
Para que não me entendas
Para que não veja além do espelho,
superfície de meu profundo lago.

Homem amado meu
Passado meu
Futuro meu
Humanidade
Menos humana de meu sangue
Lê os meus sonhos?
Os meus lábios?
Enxerga os meus olhos?
Como podes, então, não ver o meu olhar?

Posso acabrunhar minha mente.
Isolar meus desejos
Fingir-me una
Mostrar-me muitas
E, no entanto, todas suas.
Rivais e amantes

Pesadelo
Sonho
Paixão

Temem estes todos?
Eu já não.

Construção Poética.

(Escrito em data desconhecida de 2008)


Não faço poemas por que quero.
Não penso nos meus versos com amor,
dedicação exaustiva, nem labor.

Peço perdão aos grandes mestres,
mas meus versos são assim,
desleixados e prepotentes, penduram-se nas penas dos querubins.

Não que não estime meus versos.
Apenas não penso neles,
e portanto saem assim
com vontade própria.
Vida ardente,
achando-se donos do mundo,
e totalmente independentes de mim.

Sinceramente meus poemas não prestam.
Não valem sequer um conto,
nem o trabalho de lê-los,
mas tão carentes esses versos
não vivem seu um leitor.

Agora, observem a ironia.
Tais travessos dizem-se independentes de mim,
mas adivinhem quais olhos são os primeiros,
a sobre eles se deitar?

Querido poeta.

(Escrito em 17 de janeiro de 2007)

Eu sou mais que o poeta.
Sou o poema vivo.
A conjuntura estrutural
de palavras sem sentido

Devoção inequívoca
aos prazeres,
aos dizeres,
e aos poemas.

Mudança constante de idéias
na confusão de minhas lembranças
que são a estrutura
de minhas memórias em linhas tortas.

Escrever
mais que escrever é dizer a arte
de viver
uma vida sem sentido
em uma patética tentativa
de preenchê-la com significado

O pobre poeta!
Não seria mais fácil amar
a viver a confusão
de paixões arraigada
a linhas?

O nobre poeta!
Tu és o maior amante,
pois tens a coragem covarde
de viver a poesia.

Empirismo no vácuo.

(Escrito em 27 de março de 2008)

Meus passos rápidos
Devaneios
Fantasias
Pensamentos apenas

Objetos figurados
Sonhos toques
Cheiros
Misturando fantasia e realidade
A minha vida como um passeio lunar

E como tudo que existe
Vejo o tempo passar
Com a certeza de que não retrocede
E a sabedoria de não tentar pará-lo.

Viver as viagens do vento
Os sorrisos do sol
As lágrimas da chuva
O sonho das flores
Ao sentir cada um deles tocando a minha pele

E a minha falsa realidade tão natural
Mostra o quanto falo em passos falsos pelo mundo

E a as minhas lutas únicas
Solitárias
São minha alma
Se não houvesse a crença
Estaria vazia
Só, dentro de meu próprio vácuo.

Poema à Fernanda

(Escrito em 19 de julho de 2008)

A poesia que dança em meus olhos, menina.
São as varias voltas de um sorriso infantil
Mel nos olhos dos bobos
Carinho cantado baixinho por um bem-te-vi.
Assim:

Bem-te-vi dançando
Bem-te-vi cantando
Bem-te-vi comigo
Bem-te-vi sorrindo, carinho.

Chama, chama, carinho, todos a ver.
Chama, carinho, pois igual não há.
Chama, carinho, ou não vão entender.
Que sonho como o teu
Só nos reinos de Morpheu,
Novamente existirá.

Sonho pé-de-moleque.

(Escrito em 27 de março de 2008)

Eu sei que os sonhos são ilusões do inesperado
Ou ainda revisões metafísicas do passado
Mas, por Deus!
Queira esse sonho inusitado partir de minha mente.
Pois preciso raciocinar!

Sei que são os sonhos motores do mundo
Sei que tal tentativa é pateticamente enfadonha
Mas, queira Deus!
Que esse sonho danado,
saia de minha mente para que eu possa me concentrar!

Oh! Sonhozinho travesso.
Muito estimo o gozo que trazes ao meu espírito
Mas, veja bem, para tudo tem hora.
Hora pra tudo o tempo tem,
E tua hora não é agora...

Espera que um dia a hora vem!

Outros Rumos

(Escrito em 12 de julho de 2009)

Sonhos.
Ah os meus sonhos!
Sou movida a sonhos
Objetivos
Desejos a realizar

Muitos dizem que sou fria
Outros que sou pura paixão
Mas ambos me julgam

Sou a que queima,
seja pelas chamas ou pelo gelo

Sou o que quero ser.

Quem pode me julgar?
Por viver ou por querer?
Quem pode? Ninguém?
Já esperava.

O que há de errado quando o meu desejo é você.
Só você, e todo o resto.

Entrega

(Poema escrito em 12 de outubro de 2007)

Deixe seus olhos brilharem
Deixe essa existência ser real
Deixe-me viver a essência do meu perfume de jasmim
Seja o sonhar do meu caminho

Pois como as pedras em que tropeçam os meus pés
Não sou mais capaz de sentir os tombos
Nem as carícias

O cheiro me conforta e fortalece
A ausência me definha
Os olhos me invadem
A boca me afasta, expulsa.

Onde está a procura
Onde acaba o penar
Onde está!
Deus onde está!

Diga-me o que procuras
E porque choras
E eu lhe darei as respostas
Todas em um único olhar

Ignore as minhas palavras
São falácias
Veja o que sou
Sinta os meus olhos
Tome para si a minha alma

Essa será cristalina
Será enfim a minha ultima máscara
A que procuras
A que desejas
A que lhe pertence
O meu grande presente
Eu
Somente tua

Amor

(Poema escrito em 17 de junhoo de 2007)

Um sentimento de fracos e fortes.
O perder dos egos.
A existência em verdade.

Mentira introspectiva,
que confunde a visão,
mutila a fortaleza na qual escondi meu coração
para que nele jamais tocasse a sua pele.

Paixão ardente.
Hálito quente.
Memórias esquecidas.
Promessas perdidas.
Coração entregue as chamas.
Perder-me em seu cheiro em seu corpo.

Viver todas as formas do amar.
Sofrer todas as formas do esperar e do perder.

Amar.
A grande arte da vida.
A máxima obra do ser.
Toda metafísica que há em viver.

Viva o amor,
que vem subjugar os covardes,
exaltar os que as margens do bem
são capazes de entregar suas almas a própria sorte.

Viva o amor.
Viva ou sobreviva a ele
Amor de bons e maus,
Tão generalista quanto a peste.

Viva.
Viva o amor.
O amor dos loucos.
O amor dos tolos.
E o mais tolo de todos os amores
O amor dos poetas.

Que é senão um amor inventado,
Perdido,
Calado,
Chorado,
Dono de todas as lágrimas do mundo,
Portador de todo o sonho e toda a complexidade do amar.


Complexidade fingida
Arrancada dos braços da verdade
Jubilo do beijo da maldade
Perversão de todos os amantes

Para que viver o amor?
E por que não fazê-lo?

Respostas, perguntas
Perguntas, respostas
Apenas palavras
Nada mais que palavras
Por natureza apenas uma tentativa de entender a realidade.

Vivamos a verdade e a pureza do sentir.
O brilho de pensar e doar o amor,
a todos os homens e amantes.

Não esqueçamos assim
Que todas as formas de amar
São benditas
São necessárias
São quase divinas
Mas ainda assim humanas
E como todos os homens
Imperfeitas...

Glossário

(Texto escrito em 14 de janeiro de 2008)

O passado. O presente. O futuro.
A esperança de melhorias futuras,
e a lembrança de malditas palavras passadas.

Esperança e sonho,
lágrimas de uma criança,
inocência.

Vida,
a cantante melodia de um gato do maluco país de Alice,
a eterna lembrança
e os sorrisos de nossas crescidas crianças.

Arte,
expressão inóspita da minha loucura,
da minha bravura e de minha paixão.

Nevoeiros da minha vã criação e da minha mente louca.

Entrega,
aptidão ao vazio do precipício e ao jubilo do gozo perpétuo no momento da colisão.

Percebem a desconexão de minhas palavras ou o glossário da minha criação?

Desejo passado/presente/futuro.

(Postado dia 18 de fevereiro de 2010 no blog "Pios da Coruja" - www.lumoreiras.zip.net)


Seus ressentimentos, meus anseios.

Sua falta, minha angustia.

Sua ausência, meu vazio.

Seu retorno, meu jubilo.



Querer, bem-querer;

Só o querer!

Exuberante desejo,

afogado em teu cheiro.

Entregar-me aos seus braços.



Uma deliciosa confusão de lábios,

confronto de faces.

A mais pura verdade,

ao apelo do corpo,

a suspensão da mente.



Um querer-te contente.

A felicidade futura,

do momento passado,

ao encontro presente.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Na beira.

Passo fio a fio em margem a imensidão

E ao som de jazz e blues
vou deixando essa desilusão.

Em passos

Neles vejo o mar.
Apagando pegadas.

Ao me chamar,
a doce mãe do oceano
embala um som.
O lamento de seus filhos,
esquecidos.

E a bateria,
imita meu coração.
Como ele poderia saber que é tão triste?
Como eu poderia saber que é tão belo?