E no mundo dos avessos
Dos contrários
Me pertenço
Sou o espectro refletido no espelho
mais branco e pálido do que as cinzas da pobre lareira apagada.
Era chama e corroía,
Incontrolável e sedenta.
Agora não sinto nada
E por não haver
Me sinto mutilada
Ainda sou mulher?
Me pergunta o apagado espectro de minha boca.
Mas o som se perde no caminho e não pode ser ouvido.
As dúvidas sobre minhas forças, sobre a minha alma
Só perdem em tamanho para as de minha identidade
Não há o que escutar, pois nada foi dito.
E diante do conhecido calor, pude apenas sentir frio.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário