sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Luta

Quando pensamos em uma luta, podemos lembrar das batalhas memoráveis narradas pela história da humanidade, ou apenas numa briga de esquina. Podemos pensar em alguns esportes ou num esforço pela sobrevivência. Mas a verdade é que todas essas imagens da palavra Luta envolvem movimento, transformação como consequência.
Meus dias tem  sido compostos de lutas, várias pequenas batalhas  travadas em vários campos, contra uma doença, contra a minha mente, contra concepções pré-concebidas da vida e padrões de comportamento que constatei que não me serviam mais, contra o próprio desejo de desistir dessas batalhas. E mudo, me transformo, com  cada pequeno combate travado.
Essa concepção de luta, de conflito, não passa de uma representação humana, mas mesmo assim não deixa de me impressionar. Pois o mais curioso das nossas representações é a amplitude que elas são capazes de atingir, o homem é capaz de caracterizar as coisas mais impressionantes do universo com apenas uma palavra e mesmo assim não é capaz nem mesmo de medir aproximadamente a sua amplitude.
O Universo é a coisa mais imensa que conhecemos, tanto que não concebemos racionalmente suas dimensões. Se tentar descrever de forma lógica algo infinito verá que em algum momento sua mente o irá contradizer afirmando que um espaço sem limites não pode ser mensurado como um espaço. Mesmo assim um grupo de pessoas, ou apenas uma única pessoa, pode representar toda essa imensidão na vida de outro alguém. Essa é uma das maiores capacidades humanas.
A abstração.
Somos parte integrante desse universo, tão minúsculos e insignificantes, que é um milagre existirmos. Ainda assim existimos. É ainda  mais fantástico termos consciência disso.
A vida é a coisa mais impressionantemente bela que eu concebo.

Mesmo que não acreditasse em nada. Mesmo que fosse uma pessoa absolutamente cética.
Ainda assim seria obrigada a acreditar no que os meus olhos me mostram quando olho pro céu em uma noite estrelada, no quanto é lindo fazermos parte da imensidão do universo, o quanto somos capazes de sermos tudo e sermos nada.
Somos apenas pó de estrela, e isso faz de nós criaturas absolutamente fantásticas, somos vida e lutamos por ela.