domingo, 27 de junho de 2010

Sem título.

Não sei o que escrever,
só sei que não há poesia em mim agora.

Não a música, nem ritmo.
Não a alegrias, não há sorrisos,
nem choro, pois não há mais lágrimas

Não há nada!

Penso em voltar a viver,
e me falta o ar.

Não há vontade.

Se o rio corre, pois não pode andar,
eu respiro, pois não consigo parar.
Se sol está no céu contra a vontade,
eu persisto em terra contra a minha.

E a minha volta não há nada.
E dentro de mim não há nada.

Peço perdão pela decepção,
dos que de mim esperavam mais coragem,
mais força,
mais brilho!

Provo a vocês mais uma vez a minha imperfeição,
que por motivo inexplicável insistem em negar.

Esta aqui é humana como vós.
Por que insistem em negar?

E aos que sabem que lhes amo,
peço o perdão ainda maior,
de subjulgar esse amor a minha dor.
Mas saibam que é esse mesmo amor que me mantem sã
e o medo de lhes causar dor, que me faz insistir na vida,
em estar nela ao menos.

E os meus medos e ciúmes,
minhas culpas e sonhos.
Tudo parece pequeno.
E os homens tão mesquinhhos.
Perdidos! Todos estamos.

E de forma grosseira, agora sei disso.

Um comentário:

Conrado Gomes disse...

Há em mim, vontade de comprapor tudo o que foi dito. Provar matematicamente seu erro exposto em todo o texto mas me recolho, porque sei que nem sempre é isso que é preciso no momento. Já bati, já afagei. Como tudo o que fui e tudo o que sou, sei que agora é esperar.