quinta-feira, 20 de maio de 2010

Construção Poética.

(Escrito em data desconhecida de 2008)


Não faço poemas por que quero.
Não penso nos meus versos com amor,
dedicação exaustiva, nem labor.

Peço perdão aos grandes mestres,
mas meus versos são assim,
desleixados e prepotentes, penduram-se nas penas dos querubins.

Não que não estime meus versos.
Apenas não penso neles,
e portanto saem assim
com vontade própria.
Vida ardente,
achando-se donos do mundo,
e totalmente independentes de mim.

Sinceramente meus poemas não prestam.
Não valem sequer um conto,
nem o trabalho de lê-los,
mas tão carentes esses versos
não vivem seu um leitor.

Agora, observem a ironia.
Tais travessos dizem-se independentes de mim,
mas adivinhem quais olhos são os primeiros,
a sobre eles se deitar?

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