quinta-feira, 20 de maio de 2010

Querido poeta.

(Escrito em 17 de janeiro de 2007)

Eu sou mais que o poeta.
Sou o poema vivo.
A conjuntura estrutural
de palavras sem sentido

Devoção inequívoca
aos prazeres,
aos dizeres,
e aos poemas.

Mudança constante de idéias
na confusão de minhas lembranças
que são a estrutura
de minhas memórias em linhas tortas.

Escrever
mais que escrever é dizer a arte
de viver
uma vida sem sentido
em uma patética tentativa
de preenchê-la com significado

O pobre poeta!
Não seria mais fácil amar
a viver a confusão
de paixões arraigada
a linhas?

O nobre poeta!
Tu és o maior amante,
pois tens a coragem covarde
de viver a poesia.

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