domingo, 20 de junho de 2010

Perda

Descubro que a perda e a saudade de uma face nunca vista é possível de forma cruel e lancinante .
E sofro por você meu pequeno anjo perdido, como dantes pude sofrer pela perda do amigo.
E se choro por ter me confundido, é pois que tua presença era vida dentro de meu precipício.
E a tua ausência me faz oca novamente, participante ativa neste mundo de vazios.

O que o sou já não importa
O que penso não aceita
O sinto não representa
Minhas palavras não são o bastante
Meus olhos não são capazes de produzir tantas lágrimas
E seguir parece impossível.

Mas seguirei, como sempre sigo.

Só não me peças, meu amor, que seja como antes.
Nunca será como antes.
Esse mundo não é como antes.
Eu não sou como antes.

Essa dor é maior, muito maior, do que um dia poderá ser descrita.
E esse vazio é maior que o vácuo e já não pode ser preenchido.
O vazio jaze dentro de mim com a lápide fria do destino.

Talvez o tempo, velho amigo, tenha a nós pregado uma peça meu pequeno.
Ou talvez eu não fosse forte bastante.
Ou talvez a vida tenha nos preparado.
Ou Oxalá tenha nos mostrado, que o motivo pra viver, pode simplesmente não ser percebido.
Mas o real motivo não será encontrado, não aos meus olhos.

E rezo para que estejas entre os anjos.
Pois assim, não será tua inocência corrompida entre os homens, e teu sorriso será guardado como joia, como os olhos que em silêncio imagino.
E rezo para que me perdoe e saiba que por ti sinto o amor maior de todos.
Mesmo sendo o teu rosto a mim desconhecido.

Um comentário:

Fernanda B. Martinez disse...

Vontadezinha de chorar lendo!
Chorar lágrimas minhas, lágrimas suas, lágrimas de todas as dores que um dia passaram por mim.
Vontade sorrir por estar aqui, por ter aprendido tanto, por ter conhecido a minha Luzinha.
Mocinha, lembre sempre que eu te amo!
E eu não sou a única a te amar...=]
Cada coisa a seu tempo
E a vida como vendaval continua a seguir, e se não vamos, ela nos leva, memso que a força!